segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Videoarte: Ilusões Cromáticas.



“Ilusões Cromáticas” alcança o espaço ilusório não visível em plenitude pelo olhar humano. Pontos luminosos, captados de formas limitadas pela visão, são ampliados pela câmera do vídeo, sendo o resultado uma profusão de formas, movimentos e cores que provocam na audiência sensações singulares e experiências imagéticas não possíveis a olho nu, seja pela sensibilidade ou pela limitação do aparelho ocular.
Encontramos no ciberespaço e na virtualidade digital imagens semelhantes, no entanto, fatores importantes diferem a imagem produzida matematicamente daquela produzida artisticamente: a primeira é organizada e premeditada e pode ser recriada infinitamente; a segunda é caótica e urgente, embora possa ser reproduzida e transferida entre mídias distintas os fatores externos e indefinidos da sua produção a torna única e dependente do espaço, do movimento, do ângulo, da visão artística, da velocidade, da altura e da intensidade de luz no exato momento da sua captura.
As fontes luminosas para a produção deste vídeoarte são de objetos tecnológicos de uso corriqueiro e caseiro: sensor de telefone sem fio, sensor de controle remoto de TV, luz incandescente, alerta luminoso de impressora, reflexos de luz de CD, reflexos de luz de material plástico e caneta esferográfica transparente.
A sonoplastia constitui-se de sons originários da própria manipulação dos objetos, de sons produzidos no uso de alguns objetos (por exemplo, o ruído da impressora), de sons vocais e corporais do produtor conforme inspiração e movimentações espontâneas surgidas no processo de captura das imagens e de sons extraídos de sites gratuitos da Internet; sendo a edição realizada através do programa VideoSpin.
No conjunto o videoarte produzido com imagens de cores fortes e em movimentos, atemporal, sons caóticos com referências naturais, ruídos, gritos e vozes humanas sobrepostas e não compreensíveis procura causar reações orgânicas e sensoriais imprevisíveis no espectador, ainda mostrar que através do vídeo podemos entrar em contanto com significações que muitas vezes passam por nós despercebidas e que dentro do nosso meio dito real existem esferas ilusórias que nos cercam a todo momento, em quaisquer espaços e dimensões.

REFERÊNCIAS:
SIDÉN, Ann-sofi. Imagens em movimento. s/d.
CRUZ, Jorge Luiz. Videoarte, vídeo-instalação, vídeo e cinema. Revista VOZES EM DIÁLOGO (CEH/UERJ), nº 4, jul-dez/2009. Disponível em www.ceh.uerj.br/revista/revista4_2009/Jorge%20Luiz%20Cruz.pdf Acesso 25/09/2010.

Arte Postal: o que eu recebi.



Arte e texto: Rejane Araújo.

Minha Máscara Mortuária